
Com o avanço da tecnologia em várias áreas e indústrias, uma questão que muita gente coloca é: qual é o futuro dos teclados?
Especialistas do setor acreditam que os teclados vão mudar a sua forma, enquanto outros acham que será completamente eliminado das nossas vidas. Mas antes de olhar para o futuro dos teclados, é necessário examinar as suas limitações.
O futuro dos teclados
O processamento dos nossos computadores aumentou exponencialmente nas últimas décadas, mas os periféricos que usamos permaneceram essencialmente os mesmos e sempre da mesma forma, tal como os teclados, ratos ou touchpads.
As interfaces de hoje são construídas para serem o mais produtivo possível tendo em conta as limitações motoras de um ser humano. E o problema está exatamente aqui. Para que os computadores progridam, a forma como nos comunicamos com eles terá que mudar.
Tentar mudar a norma de como o público em geral interage com os periféricos é dispendioso e difícil. Não se trata apenas da funcionalidade, mas também do apelo estético dos produtos.
O futuro dos teclados é simplesmente um teclado tecnológico?
As novas tecnologias estão a dar lugar a diferentes tipos de teclados. Por exemplo, os teclados com projeção a laser removem o aspeto físico ao projetar uma imagem do teclado numa mesa ou superfície plana. Quando se toca nas teclas, um sensor registra as teclas digitadas e envia-as para o computador.
Existe assim um futuro para os teclados ou eles serão eliminados?
Muitos especialistas da indústria acreditam que o teclado será eliminado gradualmente nos próximos 20 anos. Mas então surge a pergunta: o que os substituirá como o modo dominante de comunicação com os computadores?
Controlo de voz – Muitos acreditam que o teclado será eliminado gradualmente e será substituído pelo controlo de voz, cuja tecnologia já está presente na nossa sociedade através da Amazon Alexa, Apple Siri, Google Assistant e Microsoft Cortana. Muitos especialistas acreditam que a tecnologia de reconhecimento de voz ainda não é boa o suficiente; embora isso não signifique que nunca o será. No entanto, os sistemas de reconhecimento de voz precisam de entender o contexto, pois o contexto é a raiz da conversa.
Existem também outras barreiras às tecnologias de controlo de voz, como a confidencialidade. À medida que tecnologias como reconhecimento de voz e reconhecimento facial melhoram, faz sentido que as nossas interações possam ir além dos ecrãs, para formas mais subtis de comunicação.
Realidade Virtual e Aumentada – Um dos grandes fatores de sucesso será a realidade virtual e aumentada. Um bom exemplo é o Microsoft HoloLens, um dispositivo de realidade mista com aplicações e soluções que visam aprimorar a colaboração de equipas. No entanto, alguns utilizadores consideram pouco eficiente digitar um teclado virtual no ar. Para o ser, grandes avanços tecnológicos terão que surgir e que simplesmente ainda não existem.
Mas porquê parar na realidade virtual e aumentada quando a mente pode fazer todo o trabalho? Apesar de ser um longo caminho a percorrer, tem havido descobertas interessantes com tecnologias de controlo com a mente.
Comunicação cérebro-computador – Nos últimos anos cientistas e engenheiros têm investigado e desenvolvido tecnologias de comunicação entre o ‘cérebro e o computador’, apoiados por defensores como Elon Musk e Rich Miner. Alguns desses cientistas procuram desenvolver interfaces para que ocorra processamento de informação diretao entre o cérebro e o computador. Da mesma forma, uma patente da Microsoft descreve “a mudança do estado de um aplicativo detetando dados neurológicos de intenção do utilizador”. Ciientistas em Standford também demonstraram que uma tecnologia de ‘cérebro-para-computador’ permitiria que pacientes com paralisia ou outras deficiências graves pudessem digitar com velocidade e eficiência.
No entanto, um dos maiores desafios é desenvolver uma maneira de medir a atividade do cérebro em tempo real. Os cientistas já demonstraram que as imagens produzidas na mente podem ser transferidas para uma interface; por exemplo, imaginar uma palavra ou um objeto. No entanto, é necessário desenvolver mais investigações de modo a obter medições precisas da atividade cerebral e transferi-las para interfaces a serem decifradas, sem procedimentos invasivos, como implantes cerebrais.
Com esta tecnologia, é possível fazer com que um computador faça qualquer coisa com um único pensamento. As potencialidades estão muito além do que se possa imaginar e com certeza que excederiam tudo aquilo o que qualquer ser humano fez até à data.
No entanto, para algumas pessoas existe a preocupação de que a tecnologia se tornará completamente despersonalizada, e alguns investigadores acreditam que deveremos ter uma visão ‘humanística” durante o processo de aprendizagem entre humanos e máquinas, onde os computadores comunicarão a um nível mais pessoal. A tecnologia será avançada o suficiente para entender a fala, mas também as expressões faciais e os gestos; por exemplo, levantar a mão para pausar um vídeo ou aumentar/diminuir o som.
Muitos avanços têm sido feitos em tecnologia, mas ao que parece, a resposta para a pergunta ‘qual é o futuro dos teclados?` depende do potencial dos avanços tecnológicos. Por enquanto, e durante os próximos anos, os teclados continuarão a ser utilizados por todos nós.